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Nesta maravilhosa entrevista, vocês vão conhecer melhor o glorioso Marco Hietala. 
Entrevista com Marco Hietala  (16-09-2002) - Entrevistas 
Fonte: Cursed with Oblivion (CO)
Autor: Desconhecido 


Nightwish acaba de terminar sua turnê de para promover seu mais recente lançamento, "Century Child".
Tivemos a oportunidade de fazer algumas perguntas ao baixista e vocalista do Nightwish,
Marco Hietala, sobre suas impressões da turnê, sobre o passado e o futuro.

CO: Olá Marco. Como você está se sentindo depois da turnê?

Marco: Muito bem, obrigado. Turnê foi realmente bem sucedida e conheci um monte de gente boa, vi alguns ótimos lugares e agora é hora de descansar um pouco antes de projetos que já estão se
alinhando para o inverno.

CO: Você gasta muito tempo dando apoio para suas duas bandas, "After Forever" (AF) e "Caronte"? Durante o show em Tilburg Andre e Bas da AF entrou no palco fazer com você... cover do Ozzy tocando "Crazy Train".
Eu acho que vocês se davam muito bem juntos...

Marco: Sim! Todo mundo na turnê foram realmente ótimos. Incluindo membros da banda "Band & Crew".
Nós fizemos "Crazy Train" com Andre e Bas nos últimos 3 shows.
Foi divertido e acrescentou um diferencial especial aos shows.
E é claro, nós saímos juntos por algumas vezes e nos demos muito bem.
No final estávamos um pouco tristes de nos separar, mas também com o prazer de voltar para casa.

CO: Você conhecia bem as músicas dessas bandas antes de você ir em turnê com eles?

Marco: Não muito. Claro que eu tinha ouvido algumas das suas músicas... seu material. Talvez mais por Charon...
mas eu acho... por eles serem finlandeses também.
Ambos os grupos são muito bons na minha opinião, agora que os vi.

CO: Nós visitamos o seu show em Amsterdam, Paradiso (ficamos muito perto de você). Quais são suas lembranças desse show?

Marco: Bem, as memórias tendem a diluir-se um pouco quando cada show é vendido... e vc vai conhecendo todos os lugares.
É um grande tumulto que dura dias. O desempenho na net me fez um pouco crítico no início,
mas foi embora depois de algumas músicas, felizmente.
Posso dizer-lhe que eu estava realmente satisfeito com a multidão e o desempenho,
mas o som geral poderia ter sido um pouco melhor, eu acho.

CO: Você pode nos dizer algo sobre a sua formação musical? Como e quando você começou a entrar na música metal?
Quais foram suas primeiras fascinações na música?


Marco: Eu ouvia Beatles, Status Quo e muito rock básico e pop já quando criança (5-6 anos).
Meu primeiro contato do heavy metal (música metal pesado) foi Fireball do Deep Purple quando tinha 8 anos de idade.
Eu amei a música-título, embora o resto do álbum levou alguns anos para absorver.
Fiquei viciado em Black Sabbath com 9 anos de idade.
Meu pai toca guitarra, então sempre tinha caixas acústicas que penduradas pela casa e eu e meu irmão começamos a arruiná-los na nossa adolescência.
Depois disso, começamos a perturbar meu pai e minha mãe para comprar nossos aparatos de música para tocarmos.


CO: Tarot foi a banda em que vc ficou conhecido (ganhou fama).
Existe ainda novas possibilidades (material para trabalhar) do Tarot no futuro?

Marco: Nós temos conversado sobre isso... de estarmos juntos no próximo inverno durante a pausa do Nightwish, por isso é muito provável que venhamos fazer algum álbum. Até agora nós apenas conversamos sobre o assunto.


CO: Por alguns anos vc foi membro do Sinergy. Quais são as diferenças entre tocar com eles e com o Nightwish?
Ambos líderes das bandas - Tuomas e Kimberly - parecem pessoas dominantes, sabendo exatamente o que eles querem...

Marco: Em ambos os grupos, tive bastante liberdade de organizar meus baixos (parte instrumental) sozinho.
As principais diferenças são, provavelmente, os estilos musicais.
Sinergy é mais rápido e mais básico... dois grupos de heavy metal (metal pesado) e exigem mais excelência técnica.
No Nightwish você tem que se concentrar mais nas dinâmicas internas e atmosferas das canções.

CO: Sua saída do Sinergy foi bastante controversa. Você ainda mantém contato com os membros Sinergy?

Marco: A coisa toda se tornou muito grande quando isso aconteceu.
Eu vou subir no palco com Roope em 23/9/2012 no projeto de grupo que toca Black Sabbath e Ozzy,
em uma celebração especial para o canal finlandês ...TV 4, que está começando a mostrar o show "The Osbournes" no outono.

CO: A primeira parte de "Beauty Of The Beast" -  "Long Lost Love" - sobre o mais recente lançamento do Nightwish foi escrito por você. Estou curioso para saber se ela foi composta antes ou depois de outras partes serem escritas.

Marco: Na verdade, eu não sei. Em um dos ensaios Tuomas que já tinha uma parte de 10 minutos maravilhosa que ele já estava trabalhando, então eu acho que ele tinha algumas coisas para já. No mesmo dia em que também mostrei algumas das minhas coisas que eu pensei que caberia na banda e esta parte acabou se tornando "Long Lost Love".

CO: Sua parte vocal em "Slaying The Dreamer" é algo totalmente novo para o Nightwish.
Foi ideia só do Tuomas ou você ainda tem alguma influência nisso?

Marco: Tuomas me disse que ele não queria nenhuma melodia para essa parte. Basta entrar num estado de frenesi e ir além.
O som atual com as duplicações dos baixos foi ideia minha.
Foi minha estreia nesse tipo de coisa, e eu tenho que admitir que eu estava muito surpreso comigo mesmo de como distribuí os sons.
Enfim... pelo menos para mim.
Algumas outras pessoas foram chamadas para termos outros pontos de vista.

CO: Em algumas músicas que você faz dueto com Tarja. Durante os shows ao vivo é evidente que existe uma grande interação entre suas vozes.
Como foi no início, quando você se juntou à banda para cantar juntos... para vocês dois? Suas vozes diferem muito.

Marco: Nós já estávamos no estúdio e já começamos a colocar as vozes juntas.
Tuomas, é claro já tinha quase uma visão definitiva do que tínhamos fazer e quando.
Eu gostei do contraste, e depois de ensaiar para os shows ao vivo, eu estava convencido de que poderíamos funcionar muito bem.
Isso só aumenta a liberdade artística dentro do grupo.


CO: Quando você aprendeu e tocou ao vivo as músicas antigas do Nightwish, você tentou tocar do seu jeito?

Marco: Eu fico com a maneira original... se é boa...vou usá-la. Eu tento adicionar algumas surpresas eencaixo no meu estilo... mas apenas se houver espaço para isso. Meu estilo de tocar básico já é mais agressivo e difícil, por isso, as musicas se encaminham naturalmente nessa direção.

CO: O que você mais gosta na música do Nightwish? E quais são suas faixas favoritas do Nightwish?

Marco: Gosto da ambição e da majestade, bem como a receita da banda, o que cria esse som único, assim as pessoas que estão com medo da Tarja sair e eu ocupando a liderança sozinho podem ficar aliviados finalmente. Eu sou maravilhado como minhas canções favoritas ficaram, porque a maioria deles estão no álbum CC (Bless the child, Beauty of the beast, e assim por diante). Eu gosto de faixas como "Come cover me" e "Wishmaster" também.

CO: Graças à sua carreira musical você já teve a oportunidade de viajar para muitos lugares do mundo. Que países mais te impressionou?

Marco: Eu costumo tentar fazer coisas diferenciam e tornam as coisas mais interessantes,
onde quer que eu esteja, então eu não toco favoritos aqui.

No entanto, quanto mais longe estou de casa, mais eu procuro coisas familiares também,
porque as pessoas são pessoas... é bom ver que as pessoas no Brasil ou no Japão, por exemplo,
poder tomar uns drinks comigo e falar de coisas comuns... como um vizinho.
Eu costumo dizer que existem países que ainda não me impressionaram.

CO: O que você vai fazer durante o ano em que Nightwish for fazer uma pausa?

Marco: Eu tenho alguns projetos para o inverno. Um deles é um possível álbum com o Tarot que mencionei anteriormente e alguns projetos no estúdio, que nós ainda não discutimos (falamos). Ainda é muito cedo. Eu também quero reservar bastante tempo para curtir minha família.

CO: Muito obrigado pela entrevista. Sucesso com a sua vida musical e particular!